10 de fevereiro de 2011

Sutilidade

Tratava-se, naturalmente, de um baile propício para a sedução; as regras eram estas: se uma dama não estivesse interessada em nenhum cavalheiro, a saída diplomática consistia em convidar um homem casado para dançar. Se, em contrapartida, escolhesse um homem solteiro, ficavam claras as suas intenções. Por outro lado, existiam normas em torno do beijo; se a dama roçasse de leve a face do cavalheiro, não tinha outro propósito senão dançar e divertir-se um pouco; ao passo que um beijo afetuoso e sonoro indicava intenções mais ou menos formais, por exemplo, de matrimônio. Mas se o beijo roçasse os lábios do cavalheiro, mostravam-se claramente os propósitos lascivos da dama: era um convite direto ao sexo.

 


(Trecho de O Anatomista, de Federico Andahazi)

2 comentários:

Sedutora AnNe disse...

SUTILEZA, DELICADEZA, TUDO ISSO FAZ PARTE DE UM RITUAL DELICIOSO QUE CHAMAOS DE BEIJO, CAPAZ DE INCENDIAR CORPOS, ALMA, CORAÇÃO E NASCER GRANDES AMORES, GRANDES PAIXÕES.....
BEIJOS
MIL BEIJOS
ANNE

Anatomista Sensorial disse...

Sigo o ritual religiosamente...

Meus afagos, Anne.