19 de fevereiro de 2011

Pego aperto aliso tapa esfrego tapa afago



No corpo feminino, esse retiro
- a doce bunda – é ainda o que prefiro.
A ela, meu mais íntimo suspiro
pois tanto mais a apalpo quanto a miro.

Que tanto mais a quero, se me firo
em unhas protestantes, e respiro
a brisa dos planetas, no seu giro
lento, violento... Então, se ponho e tiro

a mão em concha - a mão, sábio papiro,
iluminando o gozo, qual lampiro,
ou se, dessedentado, já me estiro,

me penso, me restauro, me confiro,
o sentimento da morte eis que adquiro:
de rola, a bunda torna-se vampiro.

(No corpo feminino, esse retiro; Carlos Drummond de Andrade)

10 comentários:

Sedutora AnNe disse...

todas as minhas sensações a ti, doces versos, grande enaltação a esse lugar sagrado, iluminado, fonte de inspiração de muitos poetas, o bumbum feminino.....
Bjuinhussss
Anne

Anatomista Sensorial disse...

Pois é, Anne. Não é preciso olhar para o céu em busca do divino...
Ele está a nossa altura e tão pertinho...

Abraços apertados de chocolate.

Anônimo disse...

Ai Anatomista... seus posts sempre maravilhosos. Belas fotos, palavras... sensações deliciosas pra quem te visita.

Anatomista Sensorial disse...

Ah, Alice... tuas visitas me vigoram ! É sempre um deleite ter você aqui.

Meus carinhos.

Crys SJ disse...

Lindos versos de Drummond, e quanto aos tapas, simplesmente adoroooo!!! Bjs meus de bom domingo...

Anatomista Sensorial disse...

Que bom que adora, Crys.

Tenros e firmes tapas meus...

Crys SJ disse...

Tem presente no blog pra ti...bjs meus...

Anatomista Sensorial disse...

Que pedaço de felicidade, Crys !
Agradeço desde já, e postarei o selo.

Morena disse...

Lindo texto e imagens perfeitas.Mt caliente seu blog, bjus de carinho.

Anatomista Sensorial disse...

Morena, se achou caliente, venha sempre se esquentar aqui. Fique à vontade.

Meus afagos.