Era manhã de setembro
e
ela me beijava o membro
(O amor natural - Era manhã de setembro; Carlos Drummond de Andrade)
Era manhã de outrubro
e
ela me lambia o rubro
Era manhã de novembro
e
ela é de quem me lembro
Era manhã de dezembro
e
ela em meu caule de cembro
Era manhã de janeiro
e
ela me fazia faceiro
Era manhã de fevereiro
e
ela se fazia meu puteiro
Era manhã de março
e
ela me livrava de camarço
Era manhã de abril
e
ela aos outros pareceria vil
Era manhã de maio
e
ela era a medida do meu raio
Era manhã de junho
e
ela engolia meu punho
Era manhã de julho
e
ela com função de embrulho
Era manhã de agosto
e
ela com meu gosto no rosto
(...)