26 de abril de 2011

Espelho, espelho meu

  
 
               A evolução no Homem                                                          nemíH on oãçulove A

      Uma em vários dias, milhões de anos                                 Outra em uma noite, milhões de ânus
      Numa o Homem cada vez mais ereto                                 Noutra o cada vez mais ereto é outro
                Uma tem auge formal                                                          Outra tem auge animal

25 de abril de 2011

Navegar é preciso


Navego pela baía de tuas pernas
Pelo teu recife de coral iridescente
E seguindo o brilho que meus dedos veem
No ostreário, aperto acolchoado
Encontro tua pérola
E perco minha mente

20 de abril de 2011

Na moral


Nunca notei Mal
Nesse negócio de carnal

16 de abril de 2011

Presentes desejos e presentes delírios

Estou aqui pra compatilhar dois lindos presentes que ganhei de Crys, do blog "Desejos e Delírios" (http://desejosedeliriospoesiassensuais.blogspot.com).
Minha querida Crys, estou sentindo-me extremamente lisongeado e acariciado por você através desses teus selinhos. Receberá minhas visitas sempre, já que muito me agrada ler-te.
Excito-me e delicio-me com selinhos teus.


Tenho a tarefa de indicar alguns blogs pra receberem os presentes. Farei isso da seguinte forma: listo 6 blogs, e receber um ou outro ou ambos os selos fica a critério de cada um.

Primeiramente, a magnífica notícia de que o meu blog tem um ótimo conteúdo ! Farei jus a isso, Crys, sempre.


O segundo selo me veio muito bem a calhar, porque - não sei se todos sabem - já fui vítima de um mau-olhado que se manisfestou pra mim aqui no blog... E mesmo que o caso tenha sido um engano, eu realmente não gostaria de enfrentar situação similar novamente.


E meus selinhos vão para:

13 de abril de 2011

Dia Internacional do Beijo


Delicado botão que em suave sucção
Torna o ar, impalpável por olhos,
Som que acaricia a audição.

Contato de limites que se dão;
O paladar, seguindo no negrume;
À frente, alvos do coração.

Sentidos em fila unidos vão;
Olhos e língua agora no breu,
E o tato deixa a imaginação.

Sensações contrárias só na direção;
Línguas lambem lúbricas em luau;
Entrada e saída não há mais então.

Duas vozes caladas na união;
Cheiro ofegante no calor;
Almas se encontram por emanação.

10 de abril de 2011

Calendário


Era manhã de setembro
e
ela me beijava o membro

(O amor natural - Era manhã de setembro; Carlos Drummond de Andrade)


Era manhã de outrubro
e
ela me lambia o rubro

Era manhã de novembro
e
ela é de quem me lembro

Era manhã de dezembro
e
ela em meu caule de cembro

Era manhã de janeiro
e
ela me fazia faceiro

Era manhã de fevereiro
e
ela se fazia meu puteiro

Era manhã de março
e
ela me livrava de camarço

Era manhã de abril
e
ela aos outros pareceria vil

Era manhã de maio
e
ela era a medida do meu raio

Era manhã de junho
e
ela engolia meu punho

Era manhã de julho
e
ela com função de embrulho

Era manhã de agosto
e
ela com meu gosto no rosto

(...)

E como diria Cazuza, "o tempo não para"...


8 de abril de 2011

Caluda, mas só a polidez


Fodamos, meu amor, fodamos presto,
Pois foi para foder que se nasceu,
E se amas o caralho, a cona amo eu;
Sem isso, fora o mundo bem molesto.

Fosse foder após a morte honesto,
“Morramos de foder!” seria o meu
Lema, e Eva e Adão fodíamos por seu
Invento de morrer tão desonesto.

É bem verdade que se esses tratantes
Não comessem do fruto traidor,
Eu sei que ainda fodiam-se os amantes.

Mas caluda e me enfia sem temor
Esse pau que à minha alma, em seus rompantes,
Faz nascer ou morrer, dela senhor.

                            E se possível for,
Quisera eu pôr na cona esses colhões
Que de tanto prazer são espiões.

(Sonetos luxuriosos - 9; Pietro Aretino)