30 de janeiro de 2011

Amor Veneris


Mateo Colombo (o anatomista) descobriu aquilo com que todo homem sonhou alguma vez: a chave mágica que abre o coração das mulheres, o segredo que governa a misteriosa vontade do amor feminino. Aquilo que, desde o começo da História, foi buscado por bruxos e feiticeiras, xamãs e alquimistas - mediante a infusão de toda sorte de ervas ou o favor de deuses e demônios -, aquilo, enfim, que todo homem apaixonado sempre ansiou, ferido pelo desamor do objeto de seus desvelos e de sua desdita. E também, aliás, aquilo com que os monarcas e governantes sonharam, pela mera ambição da onipotência. Mateo Colombo buscou, peregrinou e, finalmente, encontrou a sua "doce terra" desejada: "o órgão que governa o amor nas mulheres". O Amor Veneris constituía um verdadeiro instrumento de potestade sobre o escorregadio - e sempre obscuro - arbítrio feminino. O Amor Veneris fundou uma nova mulher. 
 
(Trecho de O Anatomista, de Federico Andahazi)















        Toco-lhe com muita arte e veneração...

2 comentários:

Felídeo disse...

Eu diria até: sustentável leveza de comando omnipotente.

Obrigado pela visita em minha casa.

Cumprimentos

Anatomista Sensorial disse...

Felídio, concordo com tua bela definição.

Da mesma forma, agradeço-lhe ppor ter me visitado.

Meus cumprimentos.