18 de fevereiro de 2011

Breves mortes


O caso onde são mortas as fomes
De quem garfa e de quem é prato;
De quem bebe e de quem é copo.

17 de fevereiro de 2011

Minha Terra


Sou a atmosfera que envolve teu relevo,
E tal qual a Natureza bolina o vento,
Te toco segundo são tuas formas sinuosas;
Briso onde são teus brandos campos;
Me demoro a te erodir onde são teus vales;
Voo a te esculpir em tuas protuberâncias.
A evapotranspiração da tua hidrografia
Colide com a minha umidade.
Precipito-me em ti segundo são tuas temperaturas;
Garoo onde é teu brando clima;
Chovo onde teu calor te distorce;
Tempestuo em teu equador;
Te faço maremotos, tufões e tornados
Enquanto tudo gira ao teu redor
Entre períodos de escuridão e luminosidade...


15 de fevereiro de 2011

Outra fidelidade



Que seja infinito enquanto duro.

14 de fevereiro de 2011

Dia Internacional do Amor

Nas pautas de minha alma sob a luz tudo é Amor


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

(Antologia Poética - Soneto de Fidelidade, Vinicius de Moraes)

13 de fevereiro de 2011

Regência


Ah... Deixa minha batuta reger tua música
Preenche teu harmonioso som com minhas cordas tesas
Sintonizemos nossa execução nos movimentos
Lambuza tua sinfonia com notas do meu mel...

11 de fevereiro de 2011

A Fonte de Elixir


Tua Beleza furtava-se de mim em minha mente
Tal qual o formato das nuvens num lindo céu de algodão
No algodoal, tuas palavras, me deitava tranquilamente
Sublime em teu céu de borboletas de condão

Das pequenas aladas mal sabia eu
Posto que, entre nuvens, não as via
Mas estando ali, eis a hora em que vi teu gineceu
E a cadência voadora que em teu corpo jazia

Tua carne celeste de alados a drapejar
Bucólica infinita de flor
E além de tua delicada pele a nuvear
Tens uma alma-universo que me livra da dor

Por entre as estrelas de teu olhar
Chora a chuva que enche tua Fonte de Elixir
Em ti me encharco a nadar
E me seco em todo o teu onde a tremeluzir

Minha Garota, passeio em teu campo tribal
Sinto como teu vulcanismo cardíaco bate
E de teu delicado e sutil cacau
Bebo o mais doce e feérico Chocolate

Cacofonia sinfônica


Essa fada...
Essa fadinha...