31 de janeiro de 2011

Missa Negra




Tomai como desjejum
quando o sol saia e se erga
de vinte mancebos, hum
de longa e gorda verga
e do leite bom sugai
que para a sede saciar
melhor que este, nenhum.








E no momento da missa
fazendo o padre um sermão
nem hóstia nem vinho tento
pois só tomo em sacramento
sua divina e presta piça.







(Trechos de O Anatomista, de Federico Andahazi)

30 de janeiro de 2011

Amor Veneris


Mateo Colombo (o anatomista) descobriu aquilo com que todo homem sonhou alguma vez: a chave mágica que abre o coração das mulheres, o segredo que governa a misteriosa vontade do amor feminino. Aquilo que, desde o começo da História, foi buscado por bruxos e feiticeiras, xamãs e alquimistas - mediante a infusão de toda sorte de ervas ou o favor de deuses e demônios -, aquilo, enfim, que todo homem apaixonado sempre ansiou, ferido pelo desamor do objeto de seus desvelos e de sua desdita. E também, aliás, aquilo com que os monarcas e governantes sonharam, pela mera ambição da onipotência. Mateo Colombo buscou, peregrinou e, finalmente, encontrou a sua "doce terra" desejada: "o órgão que governa o amor nas mulheres". O Amor Veneris constituía um verdadeiro instrumento de potestade sobre o escorregadio - e sempre obscuro - arbítrio feminino. O Amor Veneris fundou uma nova mulher. 
 
(Trecho de O Anatomista, de Federico Andahazi)















        Toco-lhe com muita arte e veneração...

29 de janeiro de 2011

Espontaneidade


O apogeu da Beleza;
A Arte de simplesmente ser.

28 de janeiro de 2011

União


Se quiser que eu te aqueça, faço de bom grado.
Mas posso também sublimar-te,
E teu vapor se infiltra em cada poro meu;
Tu és minha aura e eu preencho-te;
Juntos somos um só.

27 de janeiro de 2011

Aqui estou


Em minhas mãos, teu corpo é teu sexo,
E tua mente oscila entre o carnal e o sublime.